RELOGIO DIGITAL

BANES

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Polícia Civil em rota de colisão com o Ministério Público de Pernambuco

Está sendo bastante comentada nesta quarta-feira entre os delegados da Polícia Civil do estado a operação realizada nessa terça-feira, Dia Nacional de Combate à Corrupção, que prendeu 91 pessoas em 12 estados brasileiros. Um tremendo mal-estar está formado entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Isso porque os delegados estão alegando que o MPPE anunciou ser o responsável pelas investigações que prendeu quatro pessoas envolvidas no esquema criminoso no município de Garanhuns, no Agreste do estado.
Delegado Altemar Mamede investigou o caso

A celeuma ganha força nesse momento porque está prestes a ser votada uma PEC que retira do Ministério Público o direito de realizar investigações sobre crimes. Através de um e-mail, a Secretaria de Defesa Social e Polícia Civil de Pernambuco, informam que “a elucidação das irregularidades no Hospital Dom Moura, em Garanhuns, foi resultado de trabalho realizado por uma equipe da instituição liderada pelo delegado Altemar Mamede, depois de indícios apresentados pela alta direção da secretaria Estadual de Saúde em  Julho de 2012.”
A nota segue informando que “os quatro acusados presos nessa terça-feira durante a Operação Nacional Contra a Corrupção, já haviam sido investigados pela Polícia Civil desde julho de 2012, quando a Secretaria Estadual de Saúde denunciou o desvio de verbas públicas à Secretaria de Defesa Social.”
De acordo com a SDS, o delegado Altemar Mamede foi designado para apurar os fatos criminosos. Durantes as investigações, o delegado solicitou à justiça a quebra dos sigilos telefônicos dos envolvidos, que identificou a prática dos crimes de falsidade ideológica, peculato (apropriar-se de dinheiro em razão do cargo público), inserção de dados falsos em sistema de informação da Administração Pública, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e ameaça. Ao final do inquérito policial, o delegado solicitou as prisões preventivas dos quatro indiciados, com indicação de materialidade e autoria do fato.
Já a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) também divulgou nota esclarecendo que o delegado Altemar Mamede chegou, inclusive, a solicitar à Justiça as prisões preventivas da diretora da unidade e de outros três funcionários quando terminou as investigações. O pedido, entretanto, foi negado pela Justiça, já que na época o Ministério Público de Pernambuco ofertou parecer contrário às prisões.
O inquérito retornou à delegacia onde foram realizadas novas diligências sendo encontrados mais indícios do crime. Os autos retornaram à Justiça, há três meses, com todas as provas produzidas pela Polícia Civil. A ADEPPE ficou surpresa com a operação deflagrada ontem pelo Ministério Público de Pernambuco onde a instituição se posiciona como autora das investigações. Fato que não procede.
Com informações da Assessoria de Imprensa da SDS e da ADEPPE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário