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sábado, 8 de junho de 2013

Polícia Federal em Pernambuco através de sua projeção da Interpol, anuncia prisão de foragido da Operação Bisturi

A Polícia Federal em Pernambuco através de sua Representação Regional da Interpol informa que foi preso na quinta-feira dia 06.06.2013, no aeroporto de Fiumicino, em Roma, quando tentava entrar na Itália vindo de Boston, nos Estados Unidos o ex-oficial do exército israelense GEDALIA TAUBER, de 77 anos que se encontrava foragido depois de haver recebido o aval da Justiça/PE para realizar uma viajem pelo período de 30 dias em janeiro/2009, porém não retornou, motivo pelo qual sua prisão foi decretada em outubro/2009 tendo sido considerado foragido e procurado em todo o mundo inclusive pela INTERPOL, desde então.

A sua prisão foi realizada quando os policiais italianos desconfiaram do seu passaporte como sendo falso e o interrogaram ao fazerem uma pesquisa na base de dados da Interpol, descobriram que o ex-oficial era procurado em todo o mundo.

ENTENDA O CASO:
A “Operação Bisturi” teve a duração de 9 meses, tendo sido iniciada em março/2003 e concluída em dezembro de 2003 (9 meses), seu objetivo foi desarticular uma quadrilha de traficantes de pessoas no Brasil com ramificações no exterior (África do Sul e Israel), as quais aliciavam pessoas pobres e em situação financeira difícil em Recife/PE e cidades do interior de Pernambuco com o fim de retirada de seu órgãos (rins) para execução da cirurgia que eram oferecidos para pacientes de Israel na África do Sul no intuito de aplicar um golpe no sistema de saúde daquele país que indenizada cada cirurgia com o valor de U$ 150 mil dólares. As pessoas que faziam a cirurgia tinha que assinar uma declaração afirmando que a pessoa que receberia o órgão era seu parente. Após recebimento dos valores a quadrilha pagava os valores pertinentes à pessoa que se submetia a intervenção cirúrgica para retirada do órgão e dividia o restante com todos os integrantes da quadrilha que chegava a ser vinte vezes mais do que os brasileiros recebiam.

Ao todo foram presas e condenadas 12 pessoas no Brasil (aliciadoras), 02 em Israel (responsável pelo fraude no Sistema de Saúde para realização das cirurgias) e 20 na África do Sul (médicos e enfermeiras que realizavam as cirurgias). Durante as investigações foi detectada a ida de 47 (quarenta e sete) pessoas para o Hospital Sant Agostini em Durban/África do Sul. As pessoas que eram levadas para retiradas dos rins recebiam em torno de R$ 5.000,00 a R$ 30.000,00 (cinco a trinta mil reais). Estima-se que aproximadamente $ 4 milhões de dólares foram desviados pela quadrilha nessas intervenções cirúrgicas.

A Polícia Federal está envidando todos os esforços necessários no sentido de cooperar com Juiz responsável pelo Processo para a extradição do preso, da Itália para o Brasil, o mais rápido do possível, a fim de que ele possa cumprir sua pena em presídio pernambucano, sendo o caso, conforme lembrou o Representante Regional da Interpol em Pernambuco, delegado da Polícia Federal Paulo André Albuquerque de Souza “emblemático para ratificar a idéia de que o combate à criminalidade deve avançar contra os obstáculos das  fronteiras no mundo atual, com respaldo nas Constituições e em Tratados Internacionais, refletindo o interesse da sociedade numa segurança pública balizada em trabalhos de inteligência e cooperação jurídica, ao invés de ações repressivas pontuais; para tanto se faz relevante que a população, ao tomar conhecimento de  uma conduta de trafico de pessoas e órgãos, originado ou tendo o Brasil como destinatário, por exemplo, acionem os operadores da persecução penal, sendo a INTERPOL, vinculada a 190 países-membros, responsável pelo monitoramento mundial de fugitivos da Justiça (entre outras atribuições), com o apoio do Superintendente Regional da Polícia Federal, de seus Dirigentes nacionais e Instituições parceiras”.

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