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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL FAZEM PARALIZAÇÃO DE 24 HORAS, ENQUANTO QUE OUTROS SERVIDORES DA INSTITUIÇÃO CONTINUAM DE BRAÇOS CRUZADOS





 Os delegados da Polícia Federal em todo o Brasil cruzaram os braços esta quarta-feira dia 8 de agosto. De acordo com a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) a paralisação alcançou toda a categoria, a qual está insatisfeita com o descaso do Governo com as reivindicações pleiteadas. O movimento foi feito em conjunto com as demais carreiras típicas de Estado.

De acordo com o representante local da ADPF (Associação dos Delegados de Polícia Federal), Dr. MAX EDUARDO ALVES RIBEIRO, os delegados cansaram de esperar por uma negociação que se arrasta há anos sem nenhum avanço.
Em Caruaru/PE, foi feito um ato público em frente à Delegacia de Polícia Federal, durante a manhã.

Os delegados também estão solidários com o pleito de recomposição das perdas inflacionárias das demais carreiras da Polícia Federal, uma vez que a defasagem salarial é generalizada na instituição.

Após a mobilização desta quarta, caso o Governo não sinalise com nenhuma proposta, a categoria está disposta a intensificar o movimento com paralisações crescentes de 48 horas, 72 horas e, por último, greve geral por tempo indeterminado, ampliando os movimentos reivindicatórios dos servidores policiais e administrativos da Polícia Federal.

Além dos delegados que cruzaram os braços por apenas 24 horas, outras categorias da PF estão insatisfeitas, é o caso dos Agentes, Escrivães e Papiloscopistas que estão em greve desde terça-feira (07) e só pretendem voltar as atividades amanhã. Dentre as reivindicações destas categorias que vão desde reposições salariais até melhorias no aparelhamento da instituição, ele pedem a saída do diretor nacional da Polícia Federal, que não vem atendendo as expectativas.




Desvalorização desmotiva delegados da Polícia Federal
Números que o Brasil desconhece

ð  Em média, 25 delegados de polícia federal deixam a instituição por ano;
ð  No Senado Federal, há servidores de nível fundamental (copeiros, motoristas e ascensoristas) recebendo quase 30% a mais do que o salário inicial de um delegado da Polícia Federal;
ð  Em 2009, o salário em final de carreira de um delegado da Polícia Federal se aproximava do salário em início de carreira de um juiz federal e de um promotor. Em 2011, a equivalência caiu para 90,5%. Se a recomposição pleiteada pelos delegados não acompanhar a proposta do Judiciário e do Ministério Público, um delegado da PF passará a receber apenas 76,6% do subsídio da magistratura e do Ministério Público;
ð  Hoje, no final de carreira, um coronel da Polícia Militar e um delegado da Polícia Civil do Paraná já recebem mais do que um delegado da Polícia Federal;
ð  No início de carreira, um delegado da Polícia Federal, cargo de nível superior, já ganha menos do que um policial legislativo, um posto que requer apenas nível médio e conta com atribuições infinitamente mais simples do que é feito na Polícia Federal;
ð  Ser delegado de polícia federal exige grandes investimentos em qualificação constante. Hoje, o número de delegados com título de doutorado é 13 vezes maior que a média nacional;
ð  A iniciativa privada já remunera melhor profissionais com qualificações similares a de um delegado de polícia federal. Um consultor de segurança ou inteligência percebe, em média, uma renda mensal de R$ 22 mil reais;
ð  No período de 2002 a 2009, o delegado de PF foi a carreira do Poder Executivo que teve a menor variação salarial (70,8% em sete anos), enquanto outras carreiras chegaram a alcançar 552,8% ;
ð  Um chefe de Delegacia na Polícia Civil do Distrito Federal é gratificado com função dez vezes superior ao valor percebido pelo titular de uma Delegacia da Polícia Federal;
ð  Em 2011, a Polícia Federal perdeu 35% dos recursos. O orçamento do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal (Funapol) sofreu um corte de 28% em cima da previsão orçamentária para 2011, que era de R$ 479 milhões. Na verba destinada exclusivamente ao custeio da PF o corte foi de 5% de um total previsto de R$ 375 milhões.Somando as duas unidades orçamentárias, a PF sofreu redução de um terço de seu orçamento, o que representa cerca de R$ 281 milhões por ano.

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