EXPLOSÃO EM DELEGACIA DE ALAGOAS DEIXA UMA AGENTE MORTA
Uma pessoa morreu e outras quatro
ficaram feridas após uma explosão na sede da Divisão Especial de Investigações
e Capturas (Deic), no bairro do Farol, em Maceió, às 18:30 de quinta-feira.
Segundo a polícia, a explosão aconteceu na sala de monitoramento onde eram
armazenados explosivos apreendidos em operações contra quadrilhas que assaltam
bancos no Nordeste, presas em Alagoas. O material dependia de autorização
judicial para ser transferido ao paiol da sede do 59º Batalhão de Infantaria
Motorizada (59º Bimtz) do Exército, a três quilômetros do local.
A policial civil Maria Amélia Dantas ficou soterrada e morreu na hora. Três feridos,
todos policiais, já receberam alta do hospital. O agente Genival Maurício segue
internado, em estado de observação.
A explosão foi sentida no raio de
três quilômetros e assustou a população. Um vídeo amador registrou o incidente.
Próximo ao local, árvores foram arrancadas, vidraças se estilhaçaram. A sede do
Deic fica a 150 metros da residência oficial do governador Teotonio Vilela
Filho (PSDB), que não mora no local.
O esquadrão anti-bombas foi ao local
para avaliar os estragos e a retirada de outros explosivos. Após a explosão,
integrantes do Governo e órgãos ligados a segurança decidiram que os explosivos
apreendidos em operações policiais serão imediatamente transferidos para a sede
do Exército.
"Acontece que temos que esperar
uma determinação para que esse artefato seja removido e transferido para o
Exército. Há juízes que são mais rápidos e outros que não nos encaminham essa
liberação com tanta brevidade. Entretanto, com essa nova medida, os explosivos
serão retirados de imediato da Divisão", explicou o secretário de Defesa
Social, coronel Dário César.
Por ordem do governador, o Serviços
de Engenharia de Alagoas - órgão que cuida das obras do Governo - avalia os
estragos na área. O mapeamento é para organizar a indenização aos donos dos
imóveis que tiveram bens destruídos na região.
"Isso não é depósito, é guarda
transitória. Acumulou, por isso pedi para apurar. Recebi telefonema de
governadores, para se solidarizar. Alguns me disseram que pediram para apurar
se havia explosivos dentro da cidade e pediram transferência", disse o
governador Teotônio Vilela, em entrevista à rádio Gazeta.
"Após o inventário diremos os prejuízos. O que aconteceu é de responsabilidade do Estado e o Estado assume isso no tempo mais rápido possível", explicou.
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