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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

EXPLOSÃO EM DELEGACIA DE ALAGOAS DEIXA UMA AGENTE MORTA


Uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas após uma explosão na sede da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), no bairro do Farol, em Maceió, às 18:30 de quinta-feira. Segundo a polícia, a explosão aconteceu na sala de monitoramento onde eram armazenados explosivos apreendidos em operações contra quadrilhas que assaltam bancos no Nordeste, presas em Alagoas. O material dependia de autorização judicial para ser transferido ao paiol da sede do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada (59º Bimtz) do Exército, a três quilômetros do local.

A policial civil Maria Amélia Dantas ficou soterrada e morreu na hora. Três feridos, todos policiais, já receberam alta do hospital. O agente Genival Maurício segue internado, em estado de observação.

A explosão foi sentida no raio de três quilômetros e assustou a população. Um vídeo amador registrou o incidente. Próximo ao local, árvores foram arrancadas, vidraças se estilhaçaram. A sede do Deic fica a 150 metros da residência oficial do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que não mora no local.

O esquadrão anti-bombas foi ao local para avaliar os estragos e a retirada de outros explosivos. Após a explosão, integrantes do Governo e órgãos ligados a segurança decidiram que os explosivos apreendidos em operações policiais serão imediatamente transferidos para a sede do Exército.

"Acontece que temos que esperar uma determinação para que esse artefato seja removido e transferido para o Exército. Há juízes que são mais rápidos e outros que não nos encaminham essa liberação com tanta brevidade. Entretanto, com essa nova medida, os explosivos serão retirados de imediato da Divisão", explicou o secretário de Defesa Social, coronel Dário César.

Por ordem do governador, o Serviços de Engenharia de Alagoas - órgão que cuida das obras do Governo - avalia os estragos na área. O mapeamento é para organizar a indenização aos donos dos imóveis que tiveram bens destruídos na região.

"Isso não é depósito, é guarda transitória. Acumulou, por isso pedi para apurar. Recebi telefonema de governadores, para se solidarizar. Alguns me disseram que pediram para apurar se havia explosivos dentro da cidade e pediram transferência", disse o governador Teotônio Vilela, em entrevista à rádio Gazeta.

"Após o inventário diremos os prejuízos. O que aconteceu é de responsabilidade do Estado e o Estado assume isso no tempo mais rápido possível", explicou.

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