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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Universitária Pernambucana está desaparecida em Maceió-AL. O caso repercutir em todo o Estado.

Valéria Leite da Silva, Mãe de Barbara



Novos fatos ‘incrementam’ as investigações sobre o desaparecimento da universitária Bárbara Regina Gomes da Silva, 21, que está sumida desde a madrugada do último sábado (1), quando deixou um grupo de amigas em uma boate localizada na Praia da Ponta Verde, orla de Maceió, e saiu do local acompanhada por um homem.

Detalhes como o fato de Bárbara ter trancado o curso de Ciências Contábeis na Faculdade Alagoana de Administração (FAA), alegando falta de condições financeiras e ameaças de morte são considerados nas investigações como partes de um imenso quebra-cabeça que resultará na elucidação do mistério.

A dona de casa e mãe da universitária, a costureira Valéria Leite da Silva, falou para o EMERGENCIA190 que as imagens do circuito interno da boate não são nítidas e que não pode confirmar se a filha deixou o local com alguém conhecido, como por exemplo, o ex-namorado da garota.

Ela também contou que durante o tempo de namoro não teve contato com o “ex” da filha, mas confirmou que a maioria das amigas sabe quem ele é. Elas também poderão confirmar se era ele quem estava na boate e saiu ao lado da filha na noite do desaparecimento.

Os momentos da jovem na boate e o contexto de seus últimos dias antes do sumiço estão sendo traçados por policiais da Delegacia Antissequestro, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).

As imagens da boate mostram que às 2h48 um homem, de blusa azul, entrou no estabelecimento segurando um cigarro em uma das mãos e um ingresso na outra. O mesmo homem, junto com Bárbara deixaram o local, de mãos dadas, às 3h09.

Possibilidades
A Polícia já tem conhecimento que Bárbara, que era vendedora de uma revendedora de carros no bairro do Farol, havia comentado com algumas das amigas que estava com ‘problemas’ com um homem apenas conhecido pelo prenome de Júlio, vendedor autônomo de automóveis. Bárbara que havia comprado um carro financiado e não teve mais condições de pagar as parcelas que se acumularam, pediu ajuda a Júlio para que ele vendesse o veículo e com o dinheiro saldar a divida. Porém, o homem se ‘apoderou’ do veículo não dando mais satisfações a Bárbara que ao ligar para Júlio ouviu como resposta que para ela reaver o veículo teria de pagar R$ 2.500 em espécie, valor referente a manutenção feita no veículo.

O problema teria levado a jovem prestar queixa no 6° DP, em Cruz das Almas. Ela havia confidenciado a família que se algo lhe acontecesse, Júlio seria o responsável. Agora os policiais identificarão o vendedor autônomo para que ele preste depoimento e esclareça onde estar o Palio de Bárbara e porque se recusou devolve-lo.

A vida de Barbara
Com exclusividade, a mãe de Bárbara, que é pernambucana, revelou ao EMERGENCIA190 como era a convivência da jovem entre família e amigos.

“Ela era uma garota boa, alegre e trabalhadora. Minha única preocupação com ela eram as baladas que ela gostava”, comenta dona Valéria Leite.

Valéria Leite também falou sobre o namoro com um homem, até então considerado como principal suspeito de seu desaparecimento, o comerciante do ramo de alimentos e bebidas, Cícero Ribeiro, 41.

“Ela tinha 18 anos quando se apaixonou por esse homem. Era uma relação tumultuada, até que ela descobriu que ele era casado e exigimos que ela acabasse”, contou Valéria. “Revoltada, ela saiu de casa e foi morar em um pensionato no bairro do Farol, ficando quase sete meses sem falar comigo. Foi horrível. Neste tempo quem ajudou a mantê-la foi o namorado (Cícero Ribeiro)”, acrescentou.

“Há cerca de dois anos, decidimos nos mudar do bairro do Santos Dumont para o Feitosa e eu pedi a ela que viesse morar comigo e ela aceitou. Tava indo tudo muito bem... Até agora”, lamentou a mãe.

Ameaças
A mãe da garota confirmou que a filha havia sido ameaçada pelo menos três vezes.
“A primeira vez foi lá no Maceió Shopping, no Stand da Mapel, onde minha filha trabalha. A mulher daquele homem, a Cristiane Pontes, foi lá e destratou a Bárbara e segundo a família chegou a ameaçá-la. Depois disse as duas voltaram a se encontrar no Canoa, lá na Praia da Ponta Verde, e novamente essa moça brigou com minha filha. Por fim, vieram as ligações telefônicas”, revelou Valeria.

Temor
Perguntada se achava que o caso da filha se assemelhava ao da estudante Giovanna Tenório, sequestrada e assassinada, segundo a Polícia, devido a seu envolvimento com um homem casado, a mãe de Bárbara disse que temia pelo mesmo desfecho.

Testemunhas
A Polícia ouviu alguns parentes e amigas de Barbara nesta terça-feira (4), em busca de mais detalhes a fim de esclarecer o que realmente aconteceu com a garota. O principal depoimento foi de uma jovem de nome Alana Carvalho. A garota, que é evangélica, é amiga confidente de Bárbara e teria confirmado as ameaças e os encontros secretos dela (Bárbara) com o ex-namorado.

Alana também disse que Bárbara havia falado que conheceu um rapaz que estava insistindo em namorar com ela e que lhe aconselhou para não aceitar, pois esse jovem, que ela diz não saber o nome, gosta de baladas.

A Polícia também ouviu a estudante Maysa Barros, que foi à Delegacia na companhia de um advogado. O defensor declarou à imprensa que sua cliente, apesar de ter chegado junto com Bárbara á boate, saiu antes da colega de curso. Maysa alegou que teria uma prova no dia seguinte.

Outro depoimento que pode traçar o que realmente aconteceu na madrugada do desaparecimento de Bárbara é o da considerada amiga da jovem, a estudante Mikaella Pimentel. Ela teria permanecido na boate até mais tarde e na opinião dos policiais pode confirmar com quem Bárbara saiu na madrugada do sábado (1º). Mas a Polícia quer saber muito mais de Mikaella. Já é fato que a garota tenta despistar os policiais e vem se esquivando da família da jovem desaparecida. Mikaella chegou a desligar seus aparelhos celulares e sair de casa a fim de não sem encontrada.

O ex-namorado
Durante a manhã da terça-feira (4), quando eram tomados alguns depoimentos da Delegacia Anti-Sequestro, parentes e amigos se surpreenderam com a chegada de uma representante da empresa onde Barbara trabalha.

Lady Cléa Ferreira, amiga do ex-namorado da jovem, confirmou que ele é cliente da loja e que foi a Delegacia a pedido de Ribeiro a fim de assistir o vídeo e comprovar que o comerciante, que aparece na imagem, não é ele.

Mas o delegado Antônio Nunes não apresentou as imagens e ouviu Lady para saber dela detalhes sobre a convivência do casal quando namoravam e outros detalhes que não foram informados para a imprensa.

Cícero também compareceu ao Deic por livre e espontânea vontade munido por um pendrive onde continham imagens do circuito interno de seu prédio, que, supostamente, mostram que ele e a mulher – que estavam em locais diferentes –chegaram em casa por volta da meia noite do sábado.

O comerciante disse que passou parte da noite na companhia de alguns amigos, entre eles o delegado da Polícia Civil, Carlos Humberto jogando futevôlei no bairro do Trapiche da Barra e posteriormente foi fazer um lanche na Subway.

"Cheguei em casa por volta das 00h (meia noite) do sábado e minha mulher logo depois. Ela estava conversando com uma amiga (ele não revelou o nome da amiga da mulher). Estou com o pendrive das filmagens do circuito de câmeras do condomínio que moro e que comprovam que nade tenho com a fato de Bárbara desaparecer", disse ele.

Cristiane Pontes também esteve na Delegacia onde foi ouvida e apesar de não querer falar com a imprensa, confirmou a versão do marido e que nada tem haver com o desaparecimento de Bárbara.

A Polícia
O delegado responsável pelas investigações, Antônio Nunes, que também ouviu Cristiane Pontes, disse que a versão de extorsão mediante sequestro está quase que descartada. Segundo ele as investigações não encontraram nenhum fato que comprove que a família ou alguém ligado a Bárbara tenha sido procurado pessoalmente ou por telefone exigindo algum tipo de pagamento.

Antônio Nunes defende a versão onde o desaparecimento da jovem tem ligação com uma forte motivação passional.

O delegado deverá pedir as imagens de todos os prédios que ficam nas proximidades da boate onde Bárbara estava para tentar saber com quem e em qual veículo a estudante de contabilidade deixou o local. Outra ideia a fim de esclarecer as dúvidas é pedir a Justiça a quebra do sigilo telefônico da jovem e de alguns dos envolvidos no trama.

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